segunda-feira, 7 de abril de 2014


 

 

ESTRELAS FORA DA COPA

 

A pouco mais de dois meses do início da Copa do Mundo os torcedores e as comissões técnicas dos países participantes estão fazendo toda a sorte de mandinga para que nenhuma fatalidade ocorra com os craques das suas seleções, um problema que se repete a cada magna competição.
A Copa do Mundo é um torneio de tiro curto profundamente desgastante que requer muita dedicação e muito preparo físico e psicológico dos jogadores. Eles têm que estar cem por cento dentro das condições atléticas, físicas e mentais para tentar a superação que cada partida exige.
Qualquer coisa que venha desequilibrar o estado emocional pode ser fatal – vide como exemplo a estranha crise nervosa de Ronaldo no dia da final contra a França em 1998 e o resultado dela consequente.
Mas apesar de toda essa reza braba e de todos os cuidados tomados, alguns jogadores que poderiam fazer a diferença no Brasil já estão inexoravelmente fora de combate.
Assim, o torcedor brasileiro, os milhares de turistas estrangeiros que virão prestigiar as suas seleções e os milhões de telespectadores em todo o mundo que acompanharão a Copa pela TV deixarão de ver alguns atletas que costumam acontecer com sucesso nos finais de semana nos jogos dos seus campeonatos nacionais.
Alguns jogadores que poderiam fazer a diferença estão fora da Copa, como o maestro do meio-campo holandês Kevin Strootman (que atua pela Roma), os atacantes ingleses Jack Wilshere e Theo Walcott (ambos do Arsenal), o meia-atacante alemão Sami Khedira (Real Madrid) e o experiente goleiro espanhol Victor Valdés (do Barcelona).
Existe alguma possibilidade de a Colômbia contar com o seu principal atacante Falcao Garcia, que se recupera de uma grave lesão no joelho, mas mesmo voltando ele com certeza não estará dentro das condições necessárias para fazer uma boa competição.
Outros lesionados que não estarão participando do torneio por causa de contusão são Bryan Oviedo, costarriquenho que atua no Everton, da Inglaterra, Giuseppe Rossi, italiano da Fiorentina e o português nascido em Guiné-Bissau Armindo Tué Na Bangna, conhecido pelo nome de Bruma. Também está fora da Copa o zagueiro da seleção da Croácia Josip Simunic que atua pelo Dínamo de Zagreb, suspenso pela Fifa por dez jogos oficiais por causa de uma saudação fascista inoportuna.
Esta situação não é nova, pois em Copas anteriores muitos ídolos deixaram de desfilar o seu futebol por problemas de contusão, inclusive os brasileiros Tesourinha (1950), Rogério (1970), Clodoaldo (1974), Zé Maria e Nunes (1978), Careca (1982), Ricardo Gomes (1994), Juninho Paulista, Marcio Santos, Flavio Conceição e Romário (1998), Emerson (2002) e Edmilson (2006).
Acrescente-se à lista o espanhol Santiago Cañizares e o inglês Rio Ferdinand (2002), e o inglês David Beckham, o mexicano Salvador Cabañas e o alemão Michael Ballack (2010), só para mencionarmos alguns casos mais recentes.
O argentino Alfredo Di Stefano é um caso à parte.
Entre os anos 1940 e 1950 o craque vivia o melhor momento da sua carreira, formando um ataque avassalador ao lado de Boyé, Moreno, Labruna e Lostau, e a Argentina seria a franca favorita para brigar pela conquista das Copas de 1942 e 1946, talvez rivalizando apenas com a Itália.
Mas Di Stefano deixou de se consagrar porque as Copas não aconteceram, em virtude da Segunda Guerra Mundial.
Já veterano, Di Stefano foi convocado para defender a Espanha na Copa de 1962, mas viajou para o Chile contundido, e a seleção espanhola foi eliminada pelo Brasil antes que ele adquirisse condição de jogo.   
São as trapaças da sorte...

                                                                                                

 

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