segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


CHARLIE BARNET (1913-1991) 

Nome completo – Charles Daly Barnet

Nascimento – Nova York-New York-EUA

Falecimento – San Diego-California-EUA

Instrumento – sax-tenor, sax-alto e sax-soprano

 

Comentário – Charlie Barnet foi um caso raro de um músico de jazz que nasceu milionário. Sua família queria que ele fosse advogado, mas ele preferiu alternar as responsabilidades de músico profissional com uma boa vida de play-boy, o que provavelmente tenha contribuído para que ele não tivesse uma cotação mais alta entre os críticos. Charlie começou a tocar ainda adolescente, tendo como referência os saxofonistas Johnny Hodges, Coleman Hawkins e Sidney Bechet, mas não escondia a sua admiração pelas orquestras de Duke Ellington e Count Basie. Como consequencia, ele montou a sua própria orquestra produzindo uma música e uma sonoridade bastante semelhantes às destes maestros que ele admirava. A orquestra explodiu em 1939 com a gravação da música “Cherokee”, de Ray Noble, que havia recebido um arranjo de Billy May tido como antológico. Como compositor, Barnet também usava o pseudônimo de Dale Bennett, sob qual compôs a música “Redskin Rhumba”, uma extensão de “Cherokee”. Barnet foi um dos primeiros bandleaders a utilizar músicos negros na sua orquestra branca (foi ele, por exemplo, quem lançou a cantora Lena Horne). Por este motivo, sua orquestra foi denominada “the blackest white orchestra of all” (“a orquestra branca mais negra de todas”). Pela sua orquestra passaram o pianista Dodo Marmarosa, o guitarrista Barney Kessel e os trompetistas Bobby Burnet, Roy Eldridge, Maynard Ferguson, Clark Terry e Doc Severinsen.  Em 1949, depois de ter substituído o swing pelo bebop, ele resolveu trabalhar menos e aproveitar mais a sua fortuna, que continuara a crescer em meio à sua atividade musical. Barnet alternava longas férias com breves turnês, o que aconteceu até o fim da sua vida. Ele gravou o seu último disco em 1966, mas continuou ativo como bandleader. Durante a década de 1940, Barnet aproveitou a sua grande popularidade para aparecer em quatro filmes de Hollywood, “Music In Manhattan” e “Jam Session” (ambos em 1944), “Idea Girl” (1946) e “A Song Is Born” (1948). A rigor, Charlie Barnet começou sua carreira de bandleader aos dezesseis anos e se manteve ativo durante mais de sessenta anos, até falecer em 1991.

 

Algumas gravações 

A Lover’s Lullaby (Frankie Carle-Larry Wagner-Andy Razaf)

Cherokee (Ray Noble)

Darn That Dream (Eddie DeLange-Jimmy Van Heusen)

Echoes Of Harlem (Duke Ellington)

Flying Home (Benny Goodman-Lionel Hampton-Sidney Robin)

Indian Love Call (Oscar Hammerstein II-Otto Harbach)

Leapin’ At The Lincoln (Charlie Barnet)

Midweek Function (Charlie Barnet)

My Old Flame (Arthur Johnston-Sam Coslow)

Night Song (Jimmy Mundy-Juan Tizol)

Scotch And Soda (Charlie Barnet)

Skyliner (Charlie Barnet)

Some Like It Hot (Gene Krupa-Frank Loesser-Ray Biondi)

The Breeze And I (Ernesto Lecuona-Al Stillman)

This Is No Dream (Tommy Dorsey-Ted Shapiro-Benny Davis)

What’s New? (Bobby Haggart-Johnny Burke)

 

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