domingo, 23 de maio de 2021

 


O TOLO

(Augusto Pellegrini) 

O tolo é um rei no seu mundo
Querendo ser importante
Dono de um orgulho profundo
Pensa que é corda – (é barbante) 

Ele não sabe distinguir eira de beira
E acredita ser “o bom”, crê ser o maior filé
Quando lê, ele só escolhe o que é besteira
Sabe nada de tudo, sabe muito pouco, até

Não tem a menor noção de onde colocar os pés
De nada entende, mas se dá ares de erudição
Pensa ser grande mentor do clássico e do jazz
Mas daquele autor medíocre ele sempre faz menção

Ao corrigir coisas certas, sempre faz a coisa errada
Vê um mundo diferente, na sua visão retorcida
Caminha por meios-fios, nunca anda pela calçada
E vive num mundo oblíquo, como se fosse outra vida 

Seu julgamento é impreciso, tendencioso e distorcido
Julga todo mundo tolo, sem saber que o tolo é ele
Seus maneirismos não convencem nem o seu melhor amigo
E assim vai vivendo a vida no seu mundo paralelo

Atoleimado todo
Atoleimado tolo


maio/2021


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